Abertura Ano Lectivo 2018/19 na EPAOE

Teresa Ricou

Estou contente com mais um início de ano lectivo: é quase uma nostalgia que me invade, transportando-me para as memórias de jovem pelas ruas de Paris! Se queremos preparar a temporada de Inverno é preciso preparar-nos, sem competição, mas com vontade de encontrar companheiros de trabalho.

Cada ano é uma experiência concreta de um mundo que fui construindo, uma renovada compreensão da vida, dando passos em frente, com um sentimento humano que me leva a uma consciência de que, embora com alguns percalços, é necessário servir a evolução humana, com uma postura de desenvolvimento positivo, maturado e sustentado na capacidade de nos transcender.

Tudo isto sem nunca perder de vista o entrosamento das dimensões social, formação, criação, conhecimento, mas permitindo que emerja sempre o inesperado, a existência marcada pelo pulsar do quotidiano.

Às vezes sinto que a Vida me alerta para coisas que eu ainda não havia percebido, assim como me protege com uma resistência que é mais do que a soma das minhas forças intelectuais, físicas, éticas e criativas e me permite percepcionar toda a complexidade humana.

É urgente dar passos à frente, em constante paralelo com toda a organização e preparação da Casa para o reinício do ano – obrigado a todos pelo envolvimento e pelo belíssimo desempenho.

Continuaram os Centros Educativos com o seu diversificado programa de férias; a Companhia Chapitô a partir em tournée pelo mundo – para eles o maior sucesso! Grandes eventos a acontecer, realçando o Encontro Urbact 2018, iniciativa promovida pela Comissão Europeia que agregou cerca de 400 pessoas de toda a Europa – foi uma exímia produção executiva, cheia de energias positivas, enquadrando colaboradores e alunos da nossa Escola de Circo.

E tudo isto acompanhado de uma forte renovação da equipa Chapitô! Um bem-vindos aos novos colaboradores.

Cada novo ano é um reencontro com uma esperança capaz de se confrontar com a dificuldade que é a desesperança. Uma capacidade de existir do princípio até ao fim de um sonho que se foi tornando realização. Falei de nostalgia! Recorro à minha memória – tudo isto me faz acreditar na construção humana, no sentimento, no carácter, na alma que as comunidades trazem ao que fazemos hoje e que alimenta o amanhã, com as vontades partilhadas, porque é isso que faz toda a diferença.

Este ano promete!