As Formigas” tece o retrato de combatentes que vivem numa cidade sitiada, onde o cenário bélico coloca em cheque a sua humanidade. Como Gandhi proclamou com veemência, “A guerra é o maior dos tormentos que afligem a humanidade; é a mãe de todas as misérias.” Enquanto persistem na busca de uma normalidade frágil, entre os embates brutais, esses soldados testemunham a lama, o frio cortante, a fome crua, a morte onipresente, a devastação que tudo consome e o desespero que permeia o campo de batalha. São compelidos a questionar, como sussurrado pelo absurdo marcial, “o sentido de suas existências num mundo à mercê da irracionalidade guerreira.” “As Formigas” emerge como um brado de repúdio à guerra e à desumanização, como um lembrete angustiante da fragilidade humana diante da brutalidade do campo de batalha.
Ficha Artística e Técnica:
Criação Colectiva da Companhia do Chapitô
Encenação: José C. Garcia
Movimento: Maria Radich
Interpretação:
Bruno Pardo, Jorge Cruz, Pedro Diogo e Pedro da Silva
Assistência de encenação: Leandro Araújo
Progenitor Sonoro: Rui Rebelo
Desenho de Luz: José C. Garcia
Direcção de Produção: Tânia Melo Rodrigues
Designer Gráfico: Sílvio Rosado
Figurinos: Glória Mendes
Audiovisuais: Frank Saalfeld e Frederico Moreira
Comunicação: Cristina Carvalho
Apoio: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
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